Baterias são a base da mobilidade atual, tornando possível a utilização de equipamentos eletrônicos em qualquer lugar e por um período de tempo considerável. Apesar dessa popularidade, elas podem causar explosões caso falhem. A Samsung sabe muito bem o que acontece quando ocorrem problemas com baterias (relembre aqui toda a repercussão sobre o Galaxy Note7).
Essa foi uma falha de projeto, mas os aparelhos que carregamos no dia a dia possuem poucas chances de explosão — mas elas existem. Assim, o desenvolvimento de baterias mais seguras é algo relevante, considerando nossa realidade, e é isso que pesquisadores da Universidade de Maryland estão fazendo, em colaboração com o Laboratório de Pesquisa do Exército Americano e o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia.
Utilizando um eletrólito baseado em água, contendo sal e zinco metálico, o grupo de pesquisa desenvolveu uma bateria que não explode caso falhe. Essa tecnologia não é novidade, mas nas tentativas anteriores os estudos paravam quando não se conseguia uma densidade de energia semelhante às obtidas com baterias de íons de lítio, as mais utilizadas atualmente em dispositivos eletrônicos.
Segundo Fei Wang, pós-doutor associado da Universidade, “essa foi a primeira vez que conseguimos desenvolver uma bateria que competisse com as de íons de lítio, considerando a densidade energética, mas sem os riscos de explosão”.
As baterias de zinco eram conhecidas por sua baixa confiabilidade e histórico de rápida degradação com uso contínuo. Como forma de solucionar esse problema, foi desenvolvida uma mistura de água salgada altamente concentrada, o que tornou a bateria muito mais potente do que as do mesmo tipo desenvolvidas anteriormente — e tudo isso sem o risco de acidentes, caso seja perfurada ou esmagada.
Com a nova tecnologia desenvolvida, agora os pesquisadores tentam transformar o produto em algo viável para as fabricantes. Dessa forma, no futuro, a ideia é que não exista preocupação com segurança relacionada à explosão de baterias, considerando que elas equipam aparelhos que passam a maior parte do tempo grudados em nossos corpos.
Fonte: TecMundo